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PAPEL DA MULHER NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

PAPEL DA MULHER NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Acredito que você já ouviu dizer que uma mãe nasce quando descobre que está grávida. Dentro dela uma vida está sendo gerada e quando o filho nasce por instinto essa mulher sente a necessidade de cuidar e, embora a criança não venha com manual de instrução, ela consegue discernir suas necessidades pelo choro, soluços e movimentos.

Ser mãe é um privilégio que requer renúncia, esforço e dedicação. Sempre que leio Provérbios 31.29 penso na capacidade que Deus designa sobre as mulheres que são mães biológicas ou do coração, mães por decisão por opção ou por necessidade, aquelas que não aguentaram ver uma criança sofrer e adotaram, desejaram acolher, educar e amar.

“Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera.”

Como não se inspirar nas mulheres que decidiram ser mãe e conquistaram com a maternidade a autoridade para educar. Mesmo que a mãe não tenha um diploma de licenciatura ou bacharelado, não conheça as metodologias ativas, desconheça a história da educação secular. Ela é uma educadora por excelência, pois ensina a viver e mais honrada será aquela que conseguir instruir seus filhos de acordo com a palavra de Deus. O versículo 30 do mesmo capítulo, diz:

“A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada.”

Para todo filho, especialmente as crianças e os pré-adolescentes, a mãe é o referencial de beleza. Porque ela é aquela que age com firmeza e ternura, que ama incondicionalmente e aí reverbera sua real beleza. Ela usa a metodologia do amor e transpassa toda e qualquer dificuldade para educar em todos os aspectos. No momento que a mãe corrige ou castiga o filho, certamente dentro dela surge uma dor mais forte do que a medida corretiva que usou. Mas, a correção é justamente o ponto crucial do amor. Em Provérbio 3.12, diz que:

“Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. ”

Em um passado próximo, a família tinha uma configuração um pouco diferente, as mulheres eram mais presentes em casa e a rotina da casa circulava em torno dela, todos dependiam apenas dela, todas as orientações para os filhos vinham da mãe, embora em alguns casos a palavra final fosse do pai. Ela era a conselheira do lar, algumas vezes as mulheres quando tinham um compromisso externo pediam para as vizinhas ou tias para ficarem com as crianças, e nisso a educação era compartilhada.

“A educação faz parte da vida de todos. Ela não acontece somente na escola formal, ela se desenvolve no cotidiano, seja através da comunidade em que a criança e o adolescente encontram-se inseridos, seja no ambiente familiar. De fato, a família é o primeiro e mais importante ambiente de socialização dos filhos.” (SHAFFER, 2005)

Quando a mulher entrou no mercado de trabalho algumas coisas mudaram inclusive, na educação dos filhos que deixa ser apenas compartilhada entre os pais, familiares e professores, passando a ser terceirizada, através da televisão e internet, bem como nas escolas especialmente as de tempo integral.

A mulher inserida no mercado de trabalho não é um problema, entretanto a falta de equilíbrio na vida cotidiana pode ofuscar o brilho da educadora divinamente inspirada que Deus elegeu. Em Provérbios 14.1, identificamos essa mulher como sábia que edifica sua própria casa. Edificando a vida dos seus filhos para desenvolver habilidades necessárias ao mercado de trabalho e para o convívio coerente em sociedade.

Essa educadora inspiradora pode não ser reconhecida dentro da própria família, ovacionada pela sociedade, mas o seu salário moral é inestimável, bem como a recompensa que recebe do próprio Deus. Um vez que o próprio Deus confere aos seus filhos o título de herança do Senhor, recompensa divina e ainda os compara com flechas nas mãos do arqueiro, garantindo que eles serão a coroa de honra para os pais, quando os mesmos forem idosos. Portanto, não é uma opção da mulher cristã, educar seus filhos ou não. Ela deve sim, educá-los em especialmente de acordo com a santa palavra de Deus para ter descanso em seus dias futuros.

SHAFFER, D. R. Psicologia do desenvolvimento: infância e adolescência. Tradução da 6.ed, norte-americana Cíntia Regina Pemberton Cancissu. São Paulo: Pioneira, 2005.

Por,

Thayza Araújo

Pedagoga, especialista em psicopedagogia. Teóloga, especialista em discipulado e cuidado. Linguista, mestranda em Letras/UFSC. Professora da Rede Estadual de Ensino e responsável pelo segmento de ensino da UFADVILLE, virtuosamente.com e esposa de pastor setorial.