
Aprendendo com Joana – A Coragem e a Generosidade de uma Discípula de Jesus
“E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens” (Lucas 8.1-3).
Joana é mencionada apenas duas vezes no Evangelho de Lucas, nos capítulos 8 e 24. Apesar de não termos muitos detalhes sobre sua história, o pouco que é citado revela grandes lições que podemos aprender através de sua vida.
Neste artigo, abordaremos três qualidades notáveis de Joana que devemos aplicar em nossos corações, cada uma delas revelando uma faceta do que significa ser uma discípula de Jesus.
JOANA: UMA VERDADEIRA DISCÍPULA DE JESUS
Em Lucas 8, observamos que Joana foi uma verdadeira discípula de Jesus. Jesus era cercado por multidões que queriam ver e receber seus milagres, mas que não tinham um nível de comprometimento profundo com Ele e com o que Ele ensinava. Joana, em algum momento, também recebeu um milagre. Ela teve um encontro transformador com Jesus que mudou radicalmente a sua vida. Não queria apenas sua bênção; ela se converteu e começou a seguir o Mestre com devoção.
O marido de Joana, Cuza, era administrador de Herodes Antipas, uma posição de grande prestígio e influência na sociedade. Essa posição proporcionava a Joana uma vida de luxo e conforto. Entretanto, ao decidir seguir Jesus e viajar com os discípulos, Joana renunciou a essas riquezas e ao conforto que sua posição social lhe oferecia.
Além disso, Joana enfrentava pressões sociais e políticas. O ministério itinerante de Jesus não era visto com bons olhos pelas autoridades romanas e religiosas. Certamente, Joana enfrentou críticas e retaliações por apoiar e andar com Jesus e seus discípulos. Contudo, ela escolheu Jesus acima de tudo. Ouvir seus ensinamentos e estar com Ele se tornou sua maior riqueza.
Jesus afirmou: “Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33). Ser uma verdadeira discípula nos tira da nossa zona de conforto. Será desafiador e exigirá de nós perseverança, fidelidade e coragem. Mas vale a pena, pois seguir a Jesus é o bem mais precioso que existe no mundo. Como Joanna Weaver afirma: “A verdadeira adoração é um caminho que nos leva além das bênçãos para o abençoado, além do que Deus pode fazer por nós para quem Ele é em nós.”
Essa profunda devoção a Jesus é o que leva à segunda qualidade marcante de Joana: sua generosidade.
GENEROSIDADE DE JOANA: MANTENEDORA DO MINISTÉRIO DE JESUS
Além de ser uma discípula fiel, Joana também foi uma das mulheres que apoiavam financeiramente o ministério de Jesus. Ela é um exemplo não só de serviço, mas também de generosidade, desprendimento e gratidão ao Senhor.
O desejo de Joana era ver a obra crescer e ajudar seus irmãos na fé. Ao passar a confiar no cuidado de Deus para sua vida e não mais em suas posses, Joana se mostrou uma mulher livre de ganância, consumismo e avareza. Sua vida foi um testemunho de que o coração de uma verdadeira discípula deve estar desprendido das coisas materiais e focado nas coisas do céu.
A generosidade de Joana exemplifica uma confiança radical em Deus, demonstrando que a verdadeira riqueza não está no que possuímos, mas no que podemos dar para o avanço do Reino de Deus.
Essa confiança e generosidade não apenas sustentaram o ministério de Jesus, mas também prepararam Joana para uma das experiências mais extraordinárias de sua vida: testemunhar a ressurreição.
JOANA: UMA TESTEMUNHA DA RESSURREIÇÃO
Em Lucas 24:10, vemos Joana novamente, desta vez como uma das primeiras a testemunhar a maior mensagem do cristianismo: a ressurreição de Jesus. Por sua devoção, comprometimento e coragem, ela recebeu esse grande privilégio.
No contexto cultural da época, a palavra das mulheres não tinha credibilidade. Além disso, os dias após a crucificação de Jesus eram de temor, pois os discípulos enfrentavam a perseguição e a tentativa de silenciar a mensagem que Ele pregava. Mesmo assim, Joana e outras mulheres romperam essas barreiras ao ir ao sepulcro. Elas testemunharam a ressurreição e, apesar do possível descrédito, saíram dali para anunciar o que havia acontecido.
Assim como Joana foi testemunha ocular da ressurreição, nós também somos chamadas a sermos testemunhas da vida nova em Cristo em todos os lugares onde Ele nos enviar.
Somos desafiadas a sermos discípulas verdadeiramente comprometidas, servirmos com generosidade e a proclamarmos a mensagem da ressurreição com ousadia.
Que possamos também deixar nossa marca no Reino de Deus, confiando que Deus estará sempre conosco!

Katiuscia Carlesso
Esposa de Pastor Setorial da IEADJO;
Comunicação UFADVILLE.