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O Fruto do Espírito: Mansidão

O Fruto do Espírito: Mansidão

Mas o fruto do Espírito é…

Quando pensamos em fruto, logo nossa mente se remete a uma árvore frondosa, nosso olfato já consegue sentir o cheiro e nosso paladar fica aguçado para experimentar o sabor daquele fruto. E, quando enfim experimentamos, podemos gostar, achar delicioso e já inseri-lo em nosso dia a dia, ou não; afinal, nem sempre a aparência revela o que há de real no fruto.

Mas a verdade é que, para termos um bom fruto, precisaremos de um cuidado todo especial no plantio dessa árvore. Teremos que ter um solo fértil, de preferência perto de uma fonte de água para facilitar sua irrigação e o fortalecimento de suas raízes. Serão muitos processos até que o fruto esteja maduro e pronto para ser colhido.

Percebe algo familiar nessa descrição com nossa vida? A partir do momento em que temos um encontro com Jesus, o Espírito Santo começa o processo de preparo para gerar dentro de nós o fruto!

Quando somos conduzidas pelo Espírito Santo, teremos a mansidão como uma marca em nossas vidas; seremos mulheres capazes de transformar o ambiente ao nosso redor. Pois a mansidão é uma virtude que traz à tona o que realmente temos dentro de nós. Não é a beleza que atrai, mas sim um espírito manso!

A palavra mansidão no original hebraico significa “inclinar”, “estar curvado” e “condescender” no sentido de submissão ou ser despretensioso. E, no mundo em que vivemos, onde o que impera é “o poder”, “a força”, “a autoconfiança”, ter uma característica que signifique o contrário de tudo isso pode parecer sinônimo de fraqueza, falta de opinião ou até mesmo desinteresse em lutar por seus objetivos. Mas é aí que nos enganamos.

Tiago, no capítulo 3, versículo 13, nos diz assim: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão e sabedoria.” Quando temos o fruto da mansidão, demonstramos um autocontrole e uma força interior que em nada se parece com fraqueza. Escolhemos responder com calma e gentileza, controlamos nossas emoções e nossos impulsos, principalmente em momentos de tensão, adversidades e injustiças. Pois a mansidão é totalmente contrária à agressividade, hostilidade e impaciência; ela é uma força serena, capaz de vencer grandes batalhas.

Talvez você esteja lendo este artigo e se auto avaliando e percebe que precisa gerar esse fruto, mas, aos seus olhos, parece tão difícil. Jesus nos dá o ensinamento que devemos aprender com Ele! Quem melhor que o nosso Jesus para termos como exemplo fiel de mansidão? Aquele a quem tudo suportou, nasceu Filho de Deus e decidiu nos servir, foi humilhado, desprezado, traído, torturado e, por fim, morto por amor a mim e a você! Como um cordeiro mudo, não abriu a sua boca, não insultou, não revidou; apenas aceitou submeter-se à vontade do Pai.

Cultivar a mansidão traz inúmeros benefícios, não só para nós, mas para aqueles que convivem conosco também! O sábio Salomão já dizia em Provérbios 21:19 que é melhor viver no deserto do que com uma mulher briguenta e amargurada!

Se formos mansas, teremos relacionamentos saudáveis, passaremos tranquilidade aos nossos filhos, segurança ao nosso esposo. Uma esposa que entende a importância dessa virtude consequentemente tem um lar em harmonia. Da mesma forma, no âmbito social, teremos relacionamentos tranquilos, pautados no respeito e compreensão; líderes mansos promovem um ambiente de cooperação e harmonia.

E, por último, mas não menos importante, na área espiritual, a mansidão é vista como um caminho para a santidade, pois nela não há orgulho nem insubmissão, mas sim um desejo profundo de uma entrega muito maior que a do nosso próprio ego. Almejamos algo maior: o céu! Mateus 5:5 diz: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.”

Encerro com Mateus 11:29: “Tomem sobre vós o meu jugo e aprendam de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.” Quando geramos em nós o fruto da mansidão, nossas falas, ações e atitudes são direcionadas pelo Espírito Santo, e isso livra nossa alma de angústias e gera em nós uma paz que excede todo entendimento, fazendo-nos viver a boa, perfeita e agradável vontade de Deus!

Por,

Ana Paula Silveira Stahnke
Fisioterapeuta, pós graduada em Ortopedia e traumatologia;
Esposa do Ev. Douglas Stahnke, mãe de três meninos;
Pregadora e professora do curso Mulher Única e Preciosas.