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Justiça, paz e alegria!

Justiça, paz e alegria!

É tempo de Natal. Mais uma vez, nos reunimos para celebrar o nascimento de Jesus, aquele que nos libertou da escravidão do pecado e nos resgatou para uma vida plena e livre.

No entanto, há um grande perigo em comemorar uma data que se repete todos os anos: o risco de perdermos o verdadeiro significado por trás dela. Podemos nos envolver na rotina das festas, admirar as luzes que enfeitam nossas casas e desfrutar da companhia de amigos e familiares – que é maravilhoso – mas ainda assim nos distanciar da essência do Natal.

Não estou dizendo que o dia 25 de dezembro seja, em si, sagrado, ou que enfeitar a casa e passar tempo com quem amamos não seja importante. Pelo contrário, essas tradições tornam o Natal ainda mais especial. Mas o ponto central está além disso: refletir sobre o motivo pelo qual celebramos o Natal. Ele marca o nascimento daquele que nos revelou a justiça, a paz e a alegria – e que nos capacita, por meio do Espírito Santo, a viver e compartilhar esses valores.

Na perspectiva de Cristo, a justiça é marcada pela virtude e integridade. O apóstolo Paulo nos exorta a abandonar desejos egoístas e viver como homens e mulheres justos, refletindo o caráter de Cristo em nosso dia a dia.

Nisso também reconhecemos a paz, que não é a ausência de conflitos, mas um estado de harmonia com Deus, conosco e com nosso próximo. A paz que excede todo entendimento e nos permite desfrutar da esperança e da alegria, mesmo em meio ao caos da vida.

E falando em alegria, não estamos falando de um estado que só acontece quando coisas que desejamos se concretizam em nossa vida, ou quando tudo vai bem. Falamos, na verdade, de uma felicidade sólida enraizada no amor de Deus e derramada em nossos corações pelo Espírito Santo. 

No evangelho de Lucas (17,20-25), os fariseus perguntaram a Jesus quando o Reino de Deus viria. Sua resposta foi surpreendente: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós.”

As pessoas esperavam um reino grandioso, visível e espetacular. Contudo, Jesus nos ensina que o Reino de Deus é silencioso e discreto, manifestando-se no coração de quem vive segundo Sua Palavra. Ele não é feito de pompa ou barulho, mas de simplicidade, ordem e transformação de vida.

Que neste Natal, enquanto celebramos o nascimento de Jesus, possamos também renovar nosso compromisso de viver segundo a sua Palavra. Que nossas vidas sejam testemunhos vivos de Sua justiça, paz e alegria no mundo.

Por,

Mayara Hoffmann
Jornalista;
Profª Escola Bíblica Dominical