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Aprendendo com a mulher sunamita

Aprendendo com a mulher sunamita

A Bíblia nos relata a história de uma mulher que viveu um grande milagre, mesmo sem ter buscado de Deus tal favor. Em 2 Reis 4:8-37, encontramos a história dessa mulher — anônima, mas repleta de ensinamentos. Ela recebeu a bela dádiva de ser mãe.

Sabemos que nossa salvação é pela graça, mediante a fé, conforme Efésios 2:8. No entanto, há favores que alcançamos quando cultivamos atitudes de confiança absoluta no nosso Deus poderoso. Vamos refletir sobre as virtudes que a mulher sunamita tem a nos ensinar?

Sua generosidade (2 Reis 4:8-10)

Ela sempre recebia o profeta Eliseu em sua casa e lhe oferecia uma refeição saborosa. Certo dia, ao conversar com seu esposo, decidiu construir um quarto na parte superior da casa para que o profeta pudesse descansar.

Ela se preocupou com a necessidade de alguém que não era de sua família. Em dias tão corridos como os nossos, precisamos desenvolver esse olhar generoso para com os que estão ao nosso redor — especialmente os servos do Senhor. Ajudar alguém que serve no Reino de Deus é uma verdadeira dádiva!

Seu contentamento (2 Reis 4:13)

O profeta quis retribuir sua generosidade, mas a mulher sunamita não pediu nada em troca.

Isso nos remete ao texto bíblico: “Tendo o que comer e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Timóteo 6:8). Fazer o bem sem esperar recompensa é, de fato, uma virtude rara em nossos dias.

Sua sinceridade (2 Reis 4:16)

Quando o profeta anunciou que ela teria um filho dentro de um ano, a mulher expressou seu espanto. Seu marido já era idoso, e ela havia deixado de acreditar que poderia ser mãe. Não precisamos parecer heroínas o tempo todo. Podemos — e devemos — apresentar nossas aflições e temores diante de Deus e de Seus servos.

Deus não espera de nós perfeição nem palavras vazias, mas sim sinceridade e atitudes que demonstrem nossa confiança n’Ele.

Sua sabedoria (2 Reis 4:20-27)

Alguns anos depois, seu filho adoeceu no campo e morreu nos braços da mãe. Ela não se desesperou, não gritou, não culpou o marido nem a Deus. A mulher sunamita organizou tudo o que era necessário e partiu em busca do homem de Deus, levando sua causa diretamente a quem podia interceder. Quanta prudência em meio ao caos! Demonstrar fé e dizer “vai tudo bem” nos dias felizes é fácil, mas agir com equilíbrio e buscar socorro no Único que pode reverter o impossível — isso, sim, é fé verdadeira.

Sua fé prudente (2 Reis 4:30)

Mesmo sabendo que seu filho estava morto, ela agiu com esperança. “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5:7) Ir até o fim sem desistir, mesmo com o coração despedaçado, demonstra uma fé que não é guiada apenas por situações favoráveis. Em meio a tantos desafios diários, é necessária uma fé perseverante, que nos faz caminhar com prudência, olhando sempre para Jesus, autor e consumador da nossa fé.

Que Deus vos abençoe!

Por,

Paola Budal da Silva;
Esposa de Pastor;
Professora dos cursos Mulher Única e Preciosas;
Discipuladora e palestrante.