Artigos

A Submissão ainda te assusta?

A Submissão ainda te assusta?

Uma linda jovem estava prestes a casar com um príncipe, e desconfiando de uma possível infidelidade, pediu que fosse retirado dos seus votos de casamento o texto que confirmava o seu compromisso de submissão.

Sem entrar em detalhes na história ou sequer tomarmos partido sobre o casal em questão, o fim foi trágico e ambos infelizes.

Quando falamos em submissão na igreja não há tanta polêmica quanto quando o assunto é comentado em meios seculares, uma vez que na igreja há um grau de instrução bíblica maior que foi construído ao longo dos anos.

Mesmo assim, não atingimos a totalidade de conscientização e muitos cristãos, por falta de conhecimento sobre o contexto bíblico, aplicam o termo de forma errônea ou simplesmente discordam da palavra de Deus.

A proposta da bíblia vai além da visão equivocada e superficial de classificar a esposa como ‘muleta ou capacho’ do homem.

O apóstolo Paulo falando aos Efésios ordena que os maridos amem suas esposas como Cristo amou a igreja, inclusive se for preciso morrendo por ela. Vale salientar que Jesus Cristo morreu pela igreja, mesmo sendo ela infiel e cheia de defeitos.

Portanto, a parte de Efésios capítulo 5, nos versículos 24 e 25, mais complicada não é a ordem para as mulheres serem submissas aos esposos, mas o sacrifício por parte dos próprios homens. Como está escrito:

“Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela.” (Ef 5.24,25)

De acordo com o dicionário Aurélio, um dos sinônimos de submissão é a dependência, o que sugere uma proteção, e esse era justamente o contexto que Paulo estava aplicando, a proteção que o marido proporciona e faz a mulher reconhecê-lo como sacerdote do lar.

Se o leitor da bíblia não tem a visão correta do contexto, usa o texto isolado como pretexto para categorizar Deus como machista.

Porém, quanto mais estudamos as escrituras sagradas mais nos aproximamos de um Deus que ama e valoriza as mulheres e no decorrer da história proporciona reconstrução da imagem feminina diante de uma sociedade moralista e machista. Inclusive alguns homens da bíblia tinham essas características, como por exemplo Nabal:

“Seu nome era Nabal e o nome da sua mulher era Abigail, mulher inteligente e bonita; mas seu marido, descendente de Calebe, era rude e mal.” (ISm 25.3)

No texto, vemos que o escritor não contradiz o personagem para apresentá-lo como bom. A Bíblia apresenta um Deus perfeito que usa homens e mulheres em processo de aperfeiçoamento.

Em qualquer época, se fizermos um recorte social e cultural do tempo bíblico, veremos machismo, homicídios, inveja, lascívia e pornografia, e perceberemos tais desvios de caráter humano se repetirem contemporaneamente.

Afinal. quando retratamos a humanidade, fazemos a diferença dela atemporalmente, vivendo ora pela graça e ora pela concupiscência humana.

A Bíblia apresenta a diferença e a igualdade entre os sexos no casamento. Na primeira carta do apóstolo Pedro (1Pe 3.7), elas devem ser tratadas com honra, como parte mais frágil, e essa é a diferença, porém são iguais na herança da graça divina, pois as promessas de Deus são iguais para filhos e filhas.

“Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e Co – herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pe 3.7)

Realmente as mulheres são mais frágeis, mas isso não significa mais fracas, apenas que requerem cuidado e proteção especial.

Quando recebemos uma encomenda de um eletrodoméstico de boa qualidade e na embalagem está escrito frágil, significa que ela requer cuidado no manuseio, entretanto por ser forte e potente executará com sucesso sua finalidade. Assim são as mulheres!

Parece, embora facilmente observado, no decorrer da história, que sempre que alguém considerou as mulheres inferiores, incapazes de votar, possuir propriedades, de estudar, de ter um emprego e até exercerem um chamado, e/ou ainda serem vítimas de abuso sexual, feminicídio, aborto seletivo por gênero ou violência doméstica, quer seja física, moral ou psicológica, também a verdade bíblica da igualdade foi negada. Desde o princípio, conforme a Bíblia, essa verdade é irrefutável:

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” (Gn 1.27)

Portanto, não é privilégio masculino ser semelhante a Deus, nem muito menos as mulheres têm uma superficial semelhança. Em vez disso, ambos são semelhantes a Deus e são interdependentes.

Na Bíblia há vários exemplos bem sucedidos dessa respeitosa interdependência entre os hebreus. Por exemplo, Ana tomou a decisão do destino do seu primeiro filho em um voto a Deus, sem qualquer acordo prévio com seu esposo Elcana e o mesmo, segundo consta, não se opôs.

(1Sm 1.11, 24-28); uma Sunamita consultava o profeta com liberdade sobre variados assuntos (2 Rs 4.22-25); Débora e Hulda foram profetizas e influenciadoras de homens de destaque civil e religioso. (Jz 4.4-8).

Por isso, da mesma forma, as mulheres de Deus nesse tempo devem exercer a submissão com sabedoria e obediência, sem permitir que isso tire o brilho da sua singularidade, mas que seja a bastilha diária de sua prática como cristã, como mãe, esposa e serva de Deus.

A submissão do professor, às diretrizes nacionais de educação, formaliza e respalda a sua prática. Quando estamos habilitados para dirigir um veículo devemos nos submeter às leis de trânsito e se formos obedientes a elas nos sentiremos mais seguros.

A submissão à palavra de Deus nos respalda contra o pecado e nos impulsiona a avançar território e conquistar com as habilidades e talentos que Deus nos facultou.

O que você está esperando? Seja submissa no seu lar e acima de tudo submeta seus talentos, sonhos e desejos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

 

Por,
Thayza Farias de Queiroz Araújo
Esposa de Pastor setorial em Joinville.
Graduada em Pedagogia, Letras e Teologia. Pós-graduada em Psicopedagogia, Discipulado e Cuidado.
Responsável pelo virtuosamente.com (Cursos da UFADVILLE).
Pregadora e palestrante para mulheres.