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A Alegria do Espírito: Encontrando Contentamento em Todas as Circunstâncias

A Alegria do Espírito: Encontrando Contentamento em Todas as Circunstâncias

“Aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:11-13)

Quem nunca se entusiasmou com a frase: “posso todas as coisas naquele que me fortalece?” Muitos cristãos costumam usar esse versículo como se ele fosse uma palavra positiva e de autoajuda, entretanto, desconhecem o seu verdadeiro sentido.

A epístola de Paulo aos Filipenses é chamada de a “carta da alegria”, pois este tema recebe notável destaque quando cita a palavra “alegria” 16 vezes em seus 4 capítulos. A igreja na cidade de Filipos foi fundada pelo apóstolo em uma de suas viagens missionárias (Atos 16:11-40) em meio a muito sofrimento e perseguição.

Paulo escreveu aos Filipenses para agradecer a ajuda recebida desses generosos irmãos. O surpreendente é que quando ele escreveu não estava em uma viagem de férias, desfrutando de momentos agradáveis, com belas paisagens que o estimularam a escrever sobre a alegria. Pelo contrário, na ocasião ele estava preso em Roma, sofrendo privações há cerca de dois anos.

Antes de escrever “posso todas as coisas naquele que me fortalece”, Paulo foi conduzido pelo Espírito Santo a relatar sua experiência pessoal, revelando aos seus filhos na fé e a nós cristãos dos dias de hoje, uma visão completamente diferente do que o mundo entende sobre a alegria.

Paulo mostra que aprendeu a estar contente em qualquer situação, tanto nas boas como nas ruins. Como apóstolo de Cristo, além das prisões, ele enfrentou açoites, perseguições, apedrejamento, sofreu naufrágios, mudou-se constantemente de um lugar para o outro e precisou fugir daqueles que planejavam a sua morte. Sentiu fadiga, fome, frio e escassez, e sentia uma enorme pressão psicológica e espiritual, preocupando-se com todas as igrejas que havia formado.

Em meio a todo esse processo de aprendizagem ele desenvolveu a habilidade do contentamento em sua vida. Ele praticava a alegria, e essa prática fez dele o grande apóstolo e doutor dos Gentios. A alegria de Paulo não era circunstancial, mas produzida pelo Espírito em seu interior. Ela foi crescendo à medida que ele se rendia mais profundamente no Senhor que o escolheu e o chamou. A comunhão com Cristo lhe dava a certeza de que, independentemente da situação em que ele se encontrava, Deus estava com ele e tinha tudo sob controle. Ele era o seu refúgio, a sua força e o seu consolo.

A felicidade do mundo versus a alegria do Espírito

Todo o ser humano deseja ser feliz, e procura suprir essa necessidade com riquezas, conquistas, posições de destaque, em alguém para amar e ser amado, no corpo esbelto e saudável para ter a autoestima mais elevada. Todas essas coisas são boas se buscadas e desfrutadas de maneira equilibrada.

Mas tudo isso é passageiro, mutável e pode ser perdido a qualquer momento. Pensar na possibilidade da perda não é ser pessimista, mas compreender o fato de que todas as coisas desta vida são temporárias. A Palavra de Deus nos adverte: “no mundo tereis aflições” (João 16:33). Os nossos planos podem ser interrompidos a qualquer momento, as posses podem ser perdidas e todo o curso da vida mudar (cf. Tiago 4:13-16).

A alegria verdadeira tem Jesus como o centro. É uma virtude produzida pelo Espírito Santo na vida da pessoa que vive em plena comunhão com Deus. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. ” (Gálatas 5:22-23).

A felicidade do mundo é um estado de bem-estar que depende de fatores externos e de tudo estar ocorrendo bem. A alegria do Espírito, pelo contrário, é estar contente mesmo em meio às circunstâncias desfavoráveis. A alegria é uma das qualidades do fruto do Espírito. A questão é: continuaremos felizes se perdermos algo que estimamos? E mais: qual é a verdadeira fonte da nossa alegria?

“O mundo diz que não podemos estar contentes a menos que estejamos felizes. Mas a felicidade que se baseia em acontecimentos e em que acontece em nossa vida está totalmente fora do nosso controle. É por isso que o Espírito Santo no oferece a alegria, uma sensação latente que nos reafirma que Deus está trabalhando em nosso favor!” (Joanna Weaver)

É possível ter essa alegria nos dias de hoje?

Encontramos a resposta no versículo 13: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece. ”

Precisamos dar o primeiro passo ao enfrentar as adversidades desta vida, abrir o nosso coração para Deus reconhecendo que os prazeres deste mundo e nada e ninguém serão capazes de nos tornar felizes de uma forma completa, e que precisamos ser transformadas por Deus para alcançarmos uma plenitude de vida.

Paulo viveu esse processo e foi vitorioso, pois renovava a sua mente através da Palavra (cf. Romanos 12:2).  Vivia os propósitos de Deus e não tinha “a sua vida por preciosa” (Atos 20:24), pois o seu coração era desprendido das coisas deste mundo. Ele sabia que as riquezas terrenas eram corruptíveis, e por isso buscava algo maior. Ele venceu, pois tinha como alvo as promessas eternas de Deus. Ele nutria diariamente a visão celestial (cf. Atos 26:19), e isso o fortalecia em todas as situações.

Nós também podemos viver essa plenitude de vida, pois o mesmo Espírito que estava com Paulo naquela época, está conosco. Ele deseja nos conduzir e produzir o fruto da alegria em nossa vida!

Você está disposta a cultivar esse fruto e ser verdadeiramente feliz?

 

Por,

Katiuscia Carlesso
Esposa de Pastor Setorial da IEADJO;
Comunicação UFADVILLE.