
A excelência do amor
A primeira carta aos Coríntios é resumida em uma admoestação de Paulo aos coríntios que estavam com inúmeros problemas.
Corinto era uma cidade que tinha muitos templos dedicados a deuses. Então, existia muita imoralidade no meio do povo. Paulo, em sua primeira passagem, passou a pregar o evangelho levando muitas pessoas a se converterem a Cristo.
No entanto, passado algum tempo, quando Paulo estava em Éfeso, ele recebe um comunicado pelos membros da família de Cloé, identificados na Bíblia como possivelmente uma família cristã, acerca das contendas que estavam ocorrendo no meio do povo que havia se convertido.
Ela deixa bem claro que os membros da Igreja não eram unidos e que algumas práticas e crenças pagãs começaram a influenciar sua observância dos princípios do evangelho e das ordenanças.
A verdade é que os convertidos estavam com dificuldade de colocar a fé cristã em prática, porque não só estavam presos às práticas pagãs, como estavam sendo influenciados por elas.
E o que o tema deste texto tem a ver com essa história?
Bom, os coríntios ainda eram carnais, e carnais, neste caso, diz respeito a um indivíduo que conhece a Palavra, mas ainda é imaturo. Neste contexto, sentimentos contrários à natureza de Cristo estavam permeando o coração deles, embora já tivessem recebido o evangelho.
Por conta disso, o princípio do evangelho havia sido deixado de lado – o maior dos mandamentos:
“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” João 13:34
Diferente do carnal, o homem espiritual é aquele que nasceu de novo e já permitiu que o Espírito Santo domine seu próprio espírito, agora apto para ter comunhão com Deus.
Portanto, o homem tem uma completa renovação da sua mente e das suas ações e pode, então, afirmar: “Já não sou mais eu que vivo, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:22).
E é aí que o amor que Cristo nos ordena – e não sugere – que tenhamos “nasce”. Isso porque este amor não é o de amizade, nem sentimento romântico. É o amor Ágape. Um amor que só é possível viver no poder e na direção do Espírito Santo.
No capítulo 13 da epístola, mostra claramente que os coríntios buscavam e poderiam buscar todos os dons. O da cura, o de profecias, o de falar em línguas… e tudo isso é excelente, mas se não tivessem amor, de nada valeria.
O amor, ensinado por Cristo, é um amor que leva à morte de cruz. Um amor bondoso, e por consequência sofredor; um amor que tolera pessoas que desistiriamos facilmente, um amor que trata bem, quem nos trata mal, um amor que deixa de lado seus próprios planos pelo bem do outro, um amor que não se alegra com injustiça, um amor SACRIFICIAL.
Assim como os coríntios, muitas vezes somos levados a um nível de independência que tem não só causado divisões na igreja, mas que nos faz desobedecer o maior dos mandamentos que é o de “amar apesar de”, e não “amar porque”.
O amor Ágape nos faz entender todos os mistérios de Deus e nos leva a agir com humildade, sabedoria, tolerância.
Sabe por que você tolera as coisas que o seu filho faz? Porque você o ama. O amor sacrificial nos permite passar por cima de coisas que nos quebram, que nos magoam.
Contudo, a Bíblia não fala só para eu amar os da minha casa. Mas aos outros igualmente.
Para quem você tem dado poder para agir em sua vida? Qual é o sentimento que predomina o seu coração?
Paulo diz em Coríntios que nós não recebemos o espírito do mundo, mas de Deus. A partir de agora temos a mente de Cristo, uma mente renovada pela Palavra.
Uma mente que não deixa ser levada pelas condições humanas, mas leva todo pensamento cativo ao comando do Espírito Santo.
O amor nos faz progredir na fé. Que o Espírito Santo volte a conduzir a nossa vida e os nossos sentimentos.