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A mulher passa por muitas estações, e elas são fortemente influenciadas por seus ciclos hormonais.

A TPM (tensão pré-menstrual) traz alterações físicas — como inchaço, dor nas costas e de cabeça — e emocionais — como irritabilidade e fome emocional — bastante conhecidas.

Já a menopausa é o nome dado ao período que marca o fim natural dos ciclos menstruais da mulher, geralmente entre 45 e 55 anos de idade. É diagnosticada quando a mulher completa 12 meses consecutivos sem menstruar. Antes disso, quando ocorrem atrasos dos ciclos intercalados com períodos de sangramentos intensos, ainda estamos no climatério.

Embora seja uma fase biológica natural, muitas mulheres experimentam sintomas desconfortáveis, como as ondas de calor (fogachos), alterações de sono (sendo a insônia mais comum), névoas mentais (esquecimentos frequentes e dificuldade de concentração), redução da libido (desejo sexual), secura da pele e das mucosas e variações de humor (episódios de ansiedade alternados com sintomas depressivos).

Como somos seres integrais — corpo, alma e espírito — tudo o que acontece em um aspecto da nossa vida acaba impactando em todos os outros.

Assim como as estações da natureza mudam, o corpo da mulher também passa por transformações. Mas, por muito tempo, essas fases foram vividas em silêncio pelas irmãs, sem a devida compreensão, acolhimento ou conhecimento.

Porém, sua identidade em Cristo não muda: ela continua sendo amada, escolhida e preciosa aos olhos de Deus. É tempo de se aproximar ainda mais do Senhor, continuando a cuidar do corpo como templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20) e investir na saúde física, emocional e espiritual com sabedoria e fé.

A menopausa também pode ser um tempo de frutificação espiritual. Com mais experiência e maturidade, continuamos a servir ao Senhor, aconselhando, orando e inspirando outras mulheres (Tito 2:3-5).

CUIDAR DO NOSSO CORPO TAMBÉM É UM ATO ESPIRITUAL!

1 Tessalonicenses 5:23 nos traz:

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Perceba que o Senhor se importa com a forma como administramos o cuidado com todos os aspectos de quem somos, para a Sua glória.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Salmos 90:12)

Nesta “contagem”, é sábio termos em dia todos os acompanhamentos médicos, exames de rotina e preventivos de câncer de útero e de mama, de acordo com a idade, os sintomas, as doenças prévias (como obesidade, diabetes e hipertensão) e o histórico familiar.

Cada mulher é única, e o tratamento deve ser individualizado, respeitando suas necessidades. Mas, de modo geral, é importante:

Acompanhamento ginecológico e endocrinológico: para avaliar opções como a possibilidade de terapia de reposição hormonal (TRH), que pode aliviar sintomas em alguns casos, sempre sob orientação profissional.

A mamografia deve ser feita nas mulheres de 40 a 49 anos a cada dois anos, por decisão compartilhada entre o médico e a paciente, pois muitos casos têm acontecido nessa faixa etária — e quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura.

De 50 a 74 anos, a mamografia deve ser feita obrigatoriamente pelo menos a cada dois anos, mesmo sem sintomas. A partir dos 75 anos, a decisão volta a ser compartilhada entre médicos e pacientes.

Caso perceba algum sinal de alerta, como retração mamilar, nódulos, alterações na pele (“pele em casca de laranja”), saída de secreções ou “ínguas” nas axilas, busque imediatamente uma avaliação médica.

Apoio nutricional: uma alimentação equilibrada, rica em cálcio, fibras, proteínas e fito-hormônios naturais, auxilia na saúde óssea, no controle de peso e no bem-estar geral.

Atividade física regular: exercícios aeróbicos, musculação, caminhadas ou práticas como pilates e alongamentos contribuem para o equilíbrio hormonal, a disposição e a saúde emocional.

Pelas mudanças hormonais, as mulheres têm uma perda de massa muscular que prejudica sua saúde, além de maior dificuldade no controle do ganho de peso.

Esses cuidados serão valiosos também nos sintomas da TPM e das variações hormonais do pós-parto.

Muitas vezes, as mulheres cuidam de todos em sua casa, mas se deixam de lado, dizendo que “morreriam por Cristo”, por seus filhos, por seus esposos.

Mas será que estamos dispostas a viver por eles?

Cuidar de si não é simples vaidade, mas obediência e gratidão a Deus pela vida e pelo corpo que Ele nos confiou.

Assim, com fé, autocuidado e sabedoria, a mulher pode atravessar suas estações com leveza e propósito, honrando a Deus em todas elas.

Com carinho,