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A mulher verdadeiramente livre

A mulher verdadeiramente livre

A Igreja de Cristo sempre enfrentou resistência. No início, perseguição física e execuções  — que, aliás, até hoje acontecem. Há também a perseguição política — como na Romênia Comunista — ou religiosa — como nos países dominados pelo Estado Islâmico. 

Hoje, porém, nosso inimigo elaborou formas mais sutis e insidiosas de nos perseguir e calar. Dentro desse cenário, a Igreja tem sofrido com o politicamente correto, uma nova moral secular e ideologias perversas.

Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, uma dessas ideologias perversas recebe ainda mais publicidade: o feminismo e seu discurso de libertação da mulher.

Uma mulher cristã não deveria se deixar seduzir pela conversa de libertação, afinal, Jesus Cristo já a fez por nós. No quinto capítulo da carta aos Gálatas, podemos ler que “foi para a liberdade que Cristo nos libertou […], permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” 

Por mais que isso pareça contraditório à primeira vista, as feministas que pregam a libertação da mulher nada mais querem do que nos escravizar em um novo modo de viver onde os vícios e vontades humanas são o fiel da balança.

Elas nos dizem: “se você quer fazer sexo com qualquer um, faça. Se você quer matar o bebê que foi gerado nessa relação sexual irresponsável, mate-o. Você tem esse direito. Aliás, você tem direito a muitas outras coisas como terceirizar a educação dos seus filhos, descuidar da sua casa, desrespeitar seu marido e, principalmente, você tem o direito de se divorciar por qualquer motivo.”

Quem já viveu por aí sem Jesus sabe como funciona. O pecado é um vício. Quanto mais você peca, menos se importa, mais quer repetir seus erros e, por fim, já não tem mais força nem vontade de fazer o que é certo. Nós temos um nome para isso e não é liberdade. 

Essa vida nada mais é do que o mais antigo e corriqueiro tipo de escravidão. Não sou eu quem lhe diz isso hoje. Foi Jesus quem nos disse que a verdade nos libertará e que Ele tem poder para nos fazer livres, mas que “aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.34).

O feminismo nada mais é que a ideologia da feira do pecado para a mulher. No feminismo você encontrará os ingredientes e a receita para ser escrava de seus pecados e se tornar a pior versão de si mesma. Mergulhe no feminismo e você será uma filha desobediente, uma esposa insubmissa e rixosa, uma mãe relapsa, uma cristã idólatra do pecado e uma cidadã improdutiva.

Se antes o nosso inimigo nos atacava de fora, hoje ele planta uma semente de discórdia, inimizade e insatisfação dentro de casa. Confundem-se os papéis dos filhos, da mulher e do marido. O homem já não quer fazer sacrifícios pela família — eles se beneficiam do feminismo deixando de se casar, deixando de sustentar a mulher e as crianças e, muito pior em alguns casos, podendo pagar para a mulher abortar uma criança indesejada. Nesse cenário em que os homens não se sacrificam, as mulheres já não reconhecem nem respeitam autoridade e os filhos. Pelo mesmo caminho, desprezam tanto seu pai quanto sua mãe.

Se Jesus nos disse que pelos frutos conhecemos a natureza da árvore (Lucas 6.44), que tipo de natureza tem uma ideologia que desestabiliza nossa família, nossa igreja e nossa sociedade?

Judith Butler escreveu que o incesto é um tabu e o menino pode se transformar em menina (e vice-versa) se assim o desejar. Kate Milett escreveu que as crianças deveriam ter direito à atividade sexual e que nada adianta conceder direitos políticos às mulheres se o casamento cristão não for destruído. 

Monique Wittig escreveu que precisamos mudar as palavras “pai” e “mãe” até acabarmos de vez com a família tradicional. Antes de todas elas, Betty Friedan escreveu que a dona-de-casa é como uma parasita ou um débil mental e, juntamente com Simone de Beauvoir, chegou à conclusão de que as mulheres não deveriam ter a opção de se tornarem mães e esposas em tempo integral. Simone de Beauvoir, como tantas outras feministas, era ateia e odiava nossa religião.

Como todas essas mulheres poderiam estar falando da sua libertação se tudo que oferecem é pecado atrás de pecado? A menos que você renuncie a tudo o que Jesus nos ensinou, é impossível comemorar esse Dia Internacional da Mulher como uma feminista. Jesus quer que você aprenda a servir; elas querem falar de poder. Jesus quer que você aprenda a amar; elas querem que você desregule sua vida sexual. Jesus fala de bons frutos; elas, de aborto.

Neste mês, o que desejo a você é o mesmo que desejo a mim mesma: que não seja um feliz dia da mulher apenas no dia 8, mas que você seja uma mulher feliz o ano inteiro e que essa felicidade venha da sensação de dever cumprido, do andar no caminho do que é fiel e justo. Seja livre e assim permaneça — jamais permitindo que vãs filosofias e novas ideologias te aprisionem.

 

Por,

Ana Campagnolo;
Deputada estadual (PL-SC);
Professora de história.