
A Oração de Daniel
Daniel foi um homem que viveu uma vida consagrada a Deus, sempre demonstrou lealdade às suas raízes e seu povo. Essa lealdade o levava a buscar o favor do Senhor para um novo tempo. O anseio de Daniel era o fim do cativeiro.
Ao estudar os livros sagrados, ele reconhece que está chegando o fim do período de 70 anos desse cativeiro. Então, ele passa a fazer a conhecida oração do capítulo 9. Essa oração nos traz algumas lições de como devemos interceder.
Que lições são essas?
Nossa oração precisa ser baseada nas Escrituras:
Ele afirma “eu entendi pelos livros”. As Escrituras sempre vão nos dar direcionamento na oração. Elas nos fazem entender a vontade de Deus e, assim, nos movemos em direção a essa vontade. Muitas orações não são atendidas, pois estão longe do propósito do Senhor. Porém, existe uma promessa:
“E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14)
Na oração, precisa haver um coração quebrantado e humilde:
Daniel buscou a Deus com “oração, rogos, jejum, pano de saco e cinza”, o que mostrou humilhação diante de Deus, reconhecendo erros e demonstrando arrependimento. Ele diz: “pecamos, cometemos iniquidade, procedemos impiamente, fomos rebeldes…”. Se nossas orações forem cheias de desculpas e orgulho próprio, não alcançaremos o favor do Senhor.
“Um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17)
Precisamos saber a quem estamos orando:
Daniel tinha experiências com Deus, conhecia a sua fidelidade e sua misericórdia, e isso o levava a fazer uma oração carregada de confiança. “Ó Senhor grande e tremendo que guardas a aliança e a misericórdia”, “a ti pertence a justiça”, “a ti pertence a misericórdia” — essas eram suas declarações de fé. Quando conhecemos o Deus ao qual estamos orando, temos a certeza de que Ele vai ouvir nosso clamor.
“E tudo o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirem alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13-14)
Na oração, não podemos buscar somente nossos interesses:
A intercessão foi o foco principal da oração de Daniel. Ele não buscou justiça própria, não buscou a promessa somente para si, mas queria genuinamente ver seu povo alcançando a misericórdia do Senhor. Pedia perdão pelo pecado de todos como se fosse o seu próprio pecado e implorou para que Deus ouvisse sua oração e se apressasse em atendê-lo.
“Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porque por causa dos nossos pecados, e por causa das iniquidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós.” (Daniel 9:16)
A intenção da nossa súplica precisa ser a de glorificar a Deus:
Daniel não buscava o reconhecimento de ninguém por ser um homem de oração. Ele se preocupava em como as outras nações veriam o povo de Deus; se preocupava com o nome do Senhor.
“Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.” (Daniel 9:19)
O nome do Senhor precisa ser glorificado quando oramos. Milagres não acontecem porque somos nós que estamos fazendo a oração, mas porque o Deus poderoso nos alcança com misericórdia e ouve nosso clamor.
A resposta da intercessão de um coração quebrantado, humilde, que reconhece as fraquezas, que não busca seus próprios interesses e deseja glorificar a Deus, sempre chega. Deus se manifesta com milagres e revela seus mistérios. O Senhor envia seus anjos ministradores de bênçãos e nos faz alcançar mais uma vez o seu favor.

Josiane Ruthes
Esposa de Pastor em Joinville.
4ª Coordenadora da UFADVILLE
Comunicadora na rádio 107,5 FM.
Apresentadora do Programa + Delas da UFADVILLE.
Discipuladora , pregadora e palestrante.