
A Oração de Moisés
Então, disse-lhe: Se a tua presença não for conosco, não nos faça subir daqui. (Êxodo 33.15)
Que intimidade de oração leva alguém a expressar-se dessa maneira? Quem é este homem? Moisés, foi um instrumento de Deus para libertar os hebreus que o consideravam seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos. Deus chamava-o pelo nome de Moshe que para os hebreus significava “tirado das águas”, em egípcio Mósis, que significava “filho”. Era um homem que achou graça aos olhos de Deus. Era cuidadoso das coisas santas de Deus. Na revelação que teve sobre a construção do tabernáculo teve o cuidado de fazer tudo conforme Deus lhe mostrara no monte. Sendo descendente dos Coatitas tinha a responsabilidade das coisas mais sagradas na tenda da congregação
O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no Monte Sinai, pois foi o mediador da aliança mosaica (Ex: 19.3,8; 20.18,19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele.
Tendo uma vida de oração, sabedor que era a única maneira mais direta de relacionamento com Deus, Moisés orou para ver a manifestação da Glória de Deus. Seu objetivo era assegurar-se de que a presença de Deus era com ele, Arão e Josué. Além disso, desejava conhecer esta presença por experiência própria. Diante da palavra dita pelo Senhor “a minha presença irá contigo para te fazer descansar”, sua resposta foi “se a tua presença não for conosco, não nos faça subir deste lugar”. Que presença era esta? Era o seu caráter, sua natureza divina e única, sua forma de relacionar-se com as suas criaturas que não era nada mais do que seu grande e infinito amor emanado no meio do seu povo.
A presença, a glória de Deus é revelada através da sua misericordiosa graça, compaixão, fidelidade, seu perdão e justiça, refletindo o seu caráter através da mudança de comportamento de cada vida de cada ser. Como grandes amigos, “Deus e Moisés”, conversavam face a face na tenda da congregação, e este por sua vez desfrutou do favor daquele que conhece todas as coisas. Não porque era perfeito, genial ou poderoso, mas porque Deus o escolheu, e ele por sua vez confiou inteiramente na sabedoria e direção do Senhor que o guiava.
A amizade era um verdadeiro privilégio para Moisés e estava fora do alcance dos hebreus. Mas hoje ela não é inalcançável para nós. Através de Jesus Cristo, o nosso salvador, podemos ter esta presença na oração e em tudo que fizermos, e pedirmos, pois, como amigo está conosco sempre
“Já não vos chamarei de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamados de amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo.15:15). Buscando, a cada dia, viver com a dignidade de termos o Senhor como nosso amigo, encontramos ousadia na fé e reconhecemos que, sem Ele, nada podemos fazer. Por isso, podemos declarar, como fez Moisés: “Senhor, se a Tua presença não for conosco, não nos faça subir daqui.”
Seja pastoreando, pregando, evangelizando, liderando, cantando, ensinando ou realizando qualquer outra obra, que nunca nos falte a Tua presença, Senhor. Pois, sem ela, nada tem valor e nenhum caminho vale a pena.

Ivone de Souza
Diretora Escolar Aposentada
Pós-graduada em Administração e Supervisão Escolar
Esposa do Pastor: Edeci de Souza. (Jubilados)