Artigos

  • Home
  • Artigos
  • Eva: responsabilidade, influência e papel como a primeira mulher
Eva: responsabilidade, influência e papel como a primeira mulher

Eva: responsabilidade, influência e papel como a primeira mulher

A Eva foi criada a partir de Adão e formada com o propósito de ser adjuntora que lhe correspondesse. Nesse sentido, a identidade da mulher derivou diretamente de Deus como mulher (isha).

O termo usado, adjuntora, não tem em si mesmo a ideia de subordinação, mas de parceira, ajudadora. Sua função em relação a Adão é a base do entendimento sobre o gênero masculino.

A intenção de Deus na criação da mulher era que ela completasse Adão, o que significa que havia algo incompleto no primeiro homem sem ela, causando a declaração de Deus de que algo não estava bom (Gn. 2:18).

Quando Eva foi apresentada a Adão, ele a exaltou como mulher, cantando o primeiro hino encontrado nas Escrituras Sagradas (Gn. 2:23). Ela era o espelho idêntico, porém oposto a Adão, e ele percebeu que ela era imagem e semelhança de Deus como ele.

Adão foi colocado como cabeça sobre toda a criação com uma tarefa específica de “guardar o Jardim” (Gn. 2:15). O verbo hebraico usado aqui, além de conservar, pode conotar militarmente como ficar de guarda. Adão deveria guardar o Jardim santo de Deus da presença do mal e de intrusos impuros.

A presença satânica no Éden, personificada pela serpente, foi uma indicação direta do fracasso do homem. Eva não era mais fraca moralmente nem uma tentadora. Ao ceder à serpente e provar do fruto proibido, oferecendo-o ao esposo para que provasse, ela compartilhou totalmente com ele a vergonha dessa rebelião e queda.

Assim, quebraram a cobertura suficiente deles — a glória, o Espírito e a imagem de Deus (Gn. 3:7). Seu ato teve consequências que resultaram em lembranças até os dias de hoje, sendo que para a mulher, sua descendente feminina, dores de parto, seu desejo será para o teu marido e ele a dominará.

As promessas do Senhor não voltam atrás; a preservação de Eva como fonte de vida não se limita apenas à esfera biológica. Deus inclui a promessa da redenção humana, “porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn. 3:15).

Esta passagem é geralmente chamada de primeiro evangelho porque antecipou a derrota final de Satanás, pois a promessa se cumpriria em Jesus Cristo, o qual como semente da mulher, conquistaria com seu sacrifício morrendo na cruz do Calvário.

Quando Eva gerou seu primeiro filho Caim, declarou: “Alcancei do Senhor um homem”, expressando a consciência que tinha de Deus para gerar a vida. Foi um final triste com o homicídio entre irmãos por Abel. Porém, Deus concedeu-lhe Sete e a este Enos, iniciando uma nova geração que começou a buscar o Senhor (Gn. 4:26).

Eva é o protótipo da mulher que busca sua libertação através da geração de filhos. É a mãe das dores de parto, a primeira mulher a ter filhos, a primeira esposa, a primeira sogra; sua missão é muito pouco falada na Bíblia.

No entanto, a atenção cuidadosa nos poucos textos que falam a seu respeito revela muito de sua identidade e o pano de fundo para outros personagens bíblicos e aspectos da obra redentora de Cristo. Vivemos numa época em que a redenção já resolveu o problema da queda (1Tm. 2:15).

A ordem da criação é a base do entendimento do apóstolo Paulo sobre os papéis do relacionamento conjugal, não a queda; essa hierarquia deve permanecer pelo menos até a consumação dos séculos, quando a redenção se completará.

E, por fim, a doadora de vidas de filhos começou a invocar o nome do Senhor com o fruto da promessa que o Senhor sempre tem para todos nós, mostrando em Sete e em Enos uma nova oportunidade de invocar o nome do Senhor (Gn. 4:29).

Por,

Ivone de Souza
Esposa do Pastor Edeci de Souza;
Diretora Escolar Aposentada;
Pedagoga – Pós-graduada em Administração e Supervisão Escolar;
Email: ivonedesouzavolda@gmail.com