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E disse Sara: “Deus me deu motivo de riso, e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo.” Gênesis cap. 21 v. 6.

Mas quem é essa mulher que transbordava alegria neste versículo? Ela aparece para nós lá no cap. 12 de Gênesis, seu nome era Sarai, a lutadora, e era casada com Abrão, e ela tem esse nome por quase toda sua vida. Sarai era uma esposa dedicada, linda, submissa, porém estéril. É incrível como a história de algumas mulheres que se destacaram na Bíblia estava ligada à esterilidade, mas isso não as impediu de viver o sobrenatural de Deus.

Ela era uma mulher de muita fé, a ponto de o escritor aos Hebreus a citar na galeria dos heróis da fé. Ao lado de seu esposo, passou por experiências significativas e nos deixa um ensinamento: se perseverarmos diante das dificuldades e não nos deixarmos desfalecer, viveremos os planos que Deus tem traçado para nossas vidas. Ela demonstra sua fé quando Deus fala com seu esposo e diz para ele sair do meio de sua parentela e ir para uma terra que Deus iria lhe mostrar. Ela ouve, crê e o acompanha, deixando sua terra, sua casa, seus pais e amigos e vai em busca daquilo que para eles era desconhecido.

E quando Deus diz mais uma vez a Abrão para deixar seu sobrinho Ló porque a promessa era só para ele e sua casa, e na hora de se despedir eles conversam e Abrão permite que Ló escolha para onde quer ir e ele escolhe as campinas verdejantes do Jordão e Abrão e Sarai vão na direção oposta, mas a fé deles, aliada à obediência, os fazia prosperar independentemente do local que escolhessem, pois Deus estava com eles.

E agora, mais uma vez, ela precisa exercitar sua fé na promessa de que Deus daria um filho a ela e que seu esposo seria pai de uma grande nação. A verdade é que a fé nos faz ver além do que nossos olhos podem ver. Em Hebreus 11 v. 1 diz: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova daquilo que não vemos!” Fé, no grego, indica a noção de acreditar, no latim remete à fidelidade e para Sarai e nós que somos cristãos é uma virtude! Essa fé inabalável que ela tinha a fez se movimentar em meio às dificuldades e fez gerar nela o fruto da paciência.

Salmos 40 v. 1 diz: “Esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor.” Esse versículo, embora tenha sido escrito muitos anos depois pelo salmista Davi, se encaixaria perfeitamente no processo que Abrão e Sarai passariam até o cumprimento da promessa. Ouvir uma promessa é lindo, já esperar, nem tanto. A palavra esperar vem do latim, ter esperança, e Sarai precisou ter esperança mesmo quando as leis naturais mostravam que era impossível. Foram anos de espera, lutando contra a desesperança, até a visita de 3 anjos, sendo 1 a figura do próprio Deus. Nesta visita, acontecem dois fatos incríveis: Deus muda seus nomes, Sarai de lutadora passa a ser Sara, a princesa, mãe de multidões, e Abrão se torna Abraão, pai de multidões! E Deus, mais uma vez, reafirma a promessa do filho!

Tudo que ela viveu até aquele momento gerou paciência, e a paciência, a experiência e, por fim, a esperança. Hebreus 11 v. 11 diz que pela fé Sara recebeu o poder de ser mãe, não obstante a sua idade avançada, pois teve por fiel aquele que lhe fez a promessa. Ela confiou que o Deus que os conduziu desde quando chamou seu esposo pela primeira vez, continuaria tendo o controle de suas vidas em suas mãos. Prova disto é que aos 90 anos ela deu à luz a Isaque e então sua boca se encheu de riso. Sara nos ensina que a fé nos mantém firmes, a paciência nos faz entender que há um tempo determinado para todas as coisas e para todo propósito debaixo do céu e a confiança nos faz, enfim, alcançar as promessas.

Querida irmã, creia no Senhor, espere nEle e seja conduzida pelo Espírito Santo em direção a sua promessa.

Por,

Ana Paula Silveira Stahnke
Fisioterapeuta, pós graduada em Ortopedia e traumatologia;
Esposa do Ev Douglas Stahnke, mãe de três meninos;
Pregadora e professora do curso Mulher Única e Preciosas.