
Intercessão: o que é e como fazer
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente (Mat. 6:6).
Pela oração o cristão atua no mundo, conhece a vontade divina, recebe a compreensão dos seus mistérios e move os céus em favor da humanidade. Interceder é sentir as dores do outro e por ele clamar diante de Deus para que alcance a vitória sobre as dificuldades da vida, como fizeram Arão e Hur quando sustentaram os braços de Moisés na batalha contra Amaleque (Êx 17:12).
Quando o Espírito Santo nos chama para a intercessão sentimos uma angústia na alma, uma ardência no coração que nos impele a orar. Algumas vezes a direção é clara, percebemos que se trata de uma situação específica – uma questão de saúde por exemplo, outras vezes sentimos apenas o desejo de estar diante de Deus e somente após iniciar a oração é que a direção se manifesta.
O mais importante na intercessão é entender que a inquietude provocada pelo Espírito Santo é sempre acompanhada de serenidade e paz. Esse discernimento é fundamental, pois pode acontecer de a angústia sentida não ter origem divina, mas vir de espíritos errantes que desejam subjugar a vida de alguém.
Eles sugerem que se peça a Deus que determine que o outro faça alguma coisa, algo como “fulano tem que se converter, tem que fazer aquilo, no lugar dele eu faria assim e assim”. Nesses casos, a sugestão vem sobrecarregada de julgamento, de raiva ou de indignação, de um desejo de juízo sobre a vida do outro, o que é totalmente oposto ao chamado à intercessão que se funda na misericórdia, na compaixão e no amor divino.
Deve-se clamar pela proteção da vida pela qual intercedemos sabendo que somente o Espírito de Deus conhece as intenções do coração e a melhor forma de auxiliar a pessoa a resolver determinada questão, se for necessário arrependimento é Ele que fará o convencimento.
Lembre-se sempre de que a Oração Intercessora é uma forma de cooperar com o Espírito Santo a fim de que a vontade de Deus, que é pura, agradável e perfeita (Rm 12:2) seja completa na vida das pessoas.

Mariluce Rodrigues Schulze
Servidora pública estadual, bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Regional de Blumenau; Bacharel em Direito pela UniSOCIESC, pós graduada em Teologia pela Universidade Estácio de Sá;
Integrante do Círculo de Oração Feminino da IEADJO, templo Sede;
Professora do Curso Preciosas.