
O PODER DE ORAR E JEJUAR PELA NAÇÃO
O texto de 2 Crônicas 7.14 diz: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Não pode ser usado isoladamente como palavra de motivação; deve-se perceber que há uma sequência de atos humildes a serem praticados.
O contexto bíblico apresenta um momento especial da nação de Israel sob a liderança do rei Salomão, quando ele ora a Deus e desse fogo do céu e consome o holocausto e o sacrifício do povo. No mesmo instante, a glória do Senhor encheu toda a casa, e nenhum dos sacerdotes podia entrar na casa do Senhor, pois a sua glória preenchia todos os espaços. Desse modo, os filhos de Israel, quando viram o fogo e a glória do Senhor sobre a casa, prostraram-se com o rosto em terra e adoraram ao Senhor pela sua benignidade que dura para sempre.
O rei e todo o povo ofereciam sacrifícios perante o Senhor; toda a nação oferecia o sacrifício de bois e ovelhas. O povo estava consagrado na casa de Deus, bem como os sacerdotes e os levitas que permaneceram de pé com os instrumentos herdados do rei Davi. Desse modo, eles reverenciavam e lembravam da bondade e misericórdia do Senhor, que duram para sempre. Pode-se perceber que nem o povo e muito menos o rei estavam com pressa de sair da presença de Deus, pois o texto diz que a festa se prolongou até o vigésimo terceiro dia do sétimo mês.
Muito se fala sobre a bênção de Deus na vida de Salomão e na nação de Israel, mas quem deseja viver o extraordinário de Deus precisa apresentar-se com o seu extraordinário. O que Deus fez na vida de Salomão parece absurdo aos olhos humanos, mas houve um procedimento de entrega genuína. E resultou no que diz o versículo 11: “Salomão acabou a casa do Senhor e a casa do rei, e tudo quanto ele intentou fazer na casa do Senhor e na sua casa prosperamente efetuou.” Naquela noite, o Senhor Deus apareceu a Salomão e disse que tinha escolhido aquele lugar para receber os sacrifícios, mas alertou sobre um tempo que viria, como consequência da desobediência. Usando a conjunção subordinativa condicional “SE”, Deus estava expressando que, por algum motivo, Ele mesmo poderia cerrar os céus para não ter chuva, enviar gafanhotos e até mesmo a peste. Como está escrito no versículo 13: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se eu ordenar gafanhotos que consumam a terra, ou se eu enviar a peste entre o meu povo;”
Mas, se Ele tivesse motivo para fazer isso, o povo ainda teria esperança, e a esperança é, de fato, o clamor naquele lugar consagrado ao Senhor, no versículo 14, que diz assim: “E se o meu povo…” aqui tem outra condicional “se”, essa é a condição do povo clamar ao Senhor e chamar pelo seu nome, se humilhar e mudar seus caminhos, então haverá uma resposta diferenciada, uma vez que o Senhor promete que ouvirá dos céus, perdoará os pecados e sarará a terra. Deus estava dizendo da sua disposição em ouvir o povo, porque o povo tinha se consagrado, tinha clamado, orado, feito jejuns e estava separado das demais nações, e Ele promete agora que seus olhos seriam mantidos abertos e atentos, assim como seus ouvidos apreciariam a oração daquele lugar.
Essa foi a promessa coletiva para Salomão e o povo de Israel, mas há uma promessa individual para Salomão, quando Deus fala que estaria com ele e nunca lhe faltaria guerreiros “se” ele não se desviasse, mas permanecesse no caminho do Senhor. Porém, “se” ele se prostrasse diante dos deuses, ele seria esquecido e arrancado da terra. E ainda serviria de escárnio por ter sido desobediente.
Com isso, podemos chegar à conclusão de que, sobre a igreja do Senhor, há uma responsabilidade de orar e jejuar pela nação, para que possamos usufruir de bênçãos coletivas, de bênçãos de prosperidade na nossa nação, de bênçãos de proteção sobre nosso povo. Sabendo que aqueles que se dedicam à prática devocional do jejum e da oração são fortalecidos e edificados individualmente também.
Como intercessores na casa do Senhor, devemos ter a responsabilidade diária de consagrar as nossas vidas pela nossa nação, pela nossa igreja, pela nossa família. E se porventura o desânimo ou a negligência vier bater à porta do nosso coração para nos tirar do propósito santo, que tenhamos autoridade divina para repreender em nome de Jesus. O apóstolo Paulo disse que: “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados…” (2Co 4.8a) Oremos sem desanimar, pela nossa nação, e clamemos pelas próximas gerações com jejum e oração.

Thayza Farias de Queiroz Araújo
Esposa de Pastor setorial em Joinville.
Graduada em Pedagogia, Letras e Teologia. Pós-graduada em Psicopedagogia, Discipulado e Cuidado. Mestranda em Letras/UFSC.
Responsável pelo virtuosamente.com (Cursos da UFADVILLE)
Pregadora e palestrante para mulheres.
Escritora de livros infantis e Coautora do livro “Chamadas para Servir”.
Instagram @thayza.queiroz