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Sexo, papéis e gênero têm sido assuntos em pauta desde os primórdios da humanidade (basta olhar para Gênesis 2). Mas por que será que essas questões ainda nos intrigam tanto? A verdade é que homens e mulheres continuam lutando para compreender seu verdadeiro valor diante de Cristo, muitas vezes recorrendo a estratégias pessoais para encontrar seu lugar de dignidade na sociedade. 

A incessante busca das mulheres por reconhecimento e igualdade tem levado muitas a acreditarem que ocupar certas posições é essencial para uma vida satisfatória, e que a falta dessas conquistas resulta em uma existência sem sentido. No entanto, é crucial reconhecer que esse pensamento é completamente equivocado. A essência da humanidade vai além do que fazemos ou das posições que ocupamos.

Precisamos entender que a vivência da feminilidade por uma mulher que tem o coração em Cristo é flexível. Ela tem a liberdade de escolher entre diversos caminhos, seja optando por permanecer solteira ou abraçando o papel de esposa e mãe. Decidir entre uma carreira profissional fora de casa ou dedicar-se aos afazeres domésticos. Tudo isso é possível, desde que aquilo que está sendo feito, seja feito para a glória de Cristo. 

Não importa se está limpando a casa ou administrando as finanças, cozinhando ou buscando crescer na carreira, cada uma dessas atividades é uma expressão autêntica da feminilidade de uma mulher que segue a Cristo.

Além disso, a influência de uma mulher pode se estender desde liderança ativa até momentos de quietude. Encontramos em Ester uma mulher que desempenhou um papel fundamental na história do seu povo, exercendo liderança e coragem em tempos difíceis (Ester 4:14). Mesmo sendo rainha, Ester enfrentou desafios e tomou decisões que mudaram o curso da história. 

Do outro lado, temos a história de Maria, que, ao contrário de sua irmã Marta, escolheu sentar-se aos pés de Jesus para ouvir seus ensinamentos (Lucas 10:38-42). Ao explorarmos as histórias das mulheres nas Escrituras, somos apresentados a muitas possibilidades, revelando a riqueza e a variedade de expressões da feminilidade sob a luz do evangelho.

Olhando para tudo isso, é seguro afirmar que o valor de uma mulher (e de um homem!) não está simplesmente no que ela alcança ou no que faz, está na essência do que ela é. Tanto mulheres quanto homens foram chamados a viver para Jesus, honrando “Cristo, o Senhor, como santo, estando sempre preparados para dar uma razão da esperança que há em nós” (1 Pedro 3:15). 

Que possamos focar na beleza de um coração entregue a Jesus, independentemente se estamos em uma posição de liderança, ou se estamos cuidando diariamente da nossa casa. Que o evangelho da graça transborde de nós com clareza e alegria. Jesus validou as mulheres através do que Ele fez na cruz pela humanidade. 

Ele as tratou da mesma forma que tratava todas as pessoas – com amor e respeito. Concedeu-lhes aprovação, significado e poder espiritual que muitos homens e líderes religiosos consideravam inadequados. Ele se dirigiu às mulheres, oferecendo cura, perdão, restauração, aprovação e consolo.

Sim, a necessidade das mulheres se sentirem validadas e significativas é muito real – como é para todos. Mas não temos de lutar contra o estado em que estamos para que essas necessidades sejam atendidas, tampouco devemos ignorá-las ou fingir que não existem. Tudo o que precisamos é nos voltar para Jesus. Ele é a fonte suprema de validação, significado e plenitude, capaz de satisfazer os anseios mais profundos do nosso coração.

Lembre-se: Você tem valor, o Espírito Santo mora em você!