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A história de Priscila e Áquila, registrada em Atos 18:1-3, nos apresenta um casal que se tornou fundamental para o avanço do Reino de Deus. Eles estavam em Roma quando o imperador Cláudio expulsou os judeus da cidade, forçando-os a se mudar para Corinto. Priscila e Áquila, fazendo parte do grupo que precisou sair, encontrou Paulo, que, além de se tornar seu hóspede, passou a trabalhar com eles na fabricação de tendas.

Imagine a honra de ser discipulado por Paulo! Priscila e Áquila não eram apenas fazedores de tendas, eles se tornaram colaboradores essenciais na obra de Cristo. O conhecimento e a dedicação que receberam do apóstolo os motivaram a ensinar e orientar outros, como foi o caso de Apolo, um homem letrado que, apesar de sua instrução, ainda carecia de uma compreensão mais profunda sobre Jesus. Com amor e zelo, Priscila e Áquila o instruíram na verdade do evangelho.

Embora Priscila seja frequentemente mencionada ao lado de Áquila, sua presença e contribuição eram notáveis em uma época em que as mulheres raramente ocupavam posições de destaque. Isso revela que Priscila tinha um papel estratégico e relevante no reino de Deus. Ela não se deixou limitar por normas sociais ou culturais, mas abraçou a missão que lhe foi confiada com coragem e determinação.

Na sociedade romana e judaica, as mulheres enfrentavam desafios significativos, com poucos direitos e oportunidades. No entanto, Priscila não se deixou abater. Em vez disso, ela compreendeu o poder transformador do evangelho e a graça que lhe foi concedida, entendendo que cada um de nós é chamado a servir a Deus, independentemente das limitações que possam ocorrer.

Primeiramente, ela entendeu a verdade do evangelho de maneira profunda. Priscila não apenas conhecia a mensagem de Cristo, ela também a valorizava e a vivia no seu dia a dia. Sua disposição em ensinar e apoiar outros, como Apolo, reflete um entendimento real da missão que recebeu. 

Em segundo lugar, ela era uma mulher de coragem e que agia com dedicação. Até então, Priscila e Áquila desfrutavam de uma vida estruturada em Roma, com uma comunidade estabelecida e um negócio em funcionamento. No entanto, ao se deslocarem para uma nova cidade, Priscila enfrentou o desconforto e as incertezas que acompanham a adaptação a um novo ambiente, tendo que reconstruir sua vida e seu negócio do zero. O apóstolo Paulo reconheceu os riscos que Priscila e Áquila assumiram por sua causa, destacando em Romanos 16:3-4 que eles “expuseram a própria vida” em defesa do ministério. 

Priscila também não se permitiu ser definida por sua condição de mulher ou por suas circunstâncias. Em vez de olhar para fora e se comparar com os outros, ela olhou para dentro, reconhecendo o poder do Espírito Santo que a capacitava a agir. Muitas vezes, somos bombardeadas por padrões sociais e expectativas que podem nos fazer sentir inseguras ou inadequadas para algo. No entanto, assim como Priscila, encontramos nosso valor a partir da nossa identidade em Cristo.

O reconhecimento do poder do Espírito Santo em nossas vidas nos capacita a superar desafios que lidamos em nós mesmas e a assumir o papel que precisamos no ambiente onde Deus nos colocou. Não devemos olhar para a nossa circunstância, nossos sentimentos ou nossas limitações, mas para o poder grandioso do Senhor que nos capacita e nos impulsiona.

Priscila certamente teve seus momentos de dúvida e incerteza, mas é nítido que sempre esteve debaixo da direção do Senhor. Que possamos, como ela, reconhecer o privilégio de servir ao Reino e ser instrumentos nas mãos do Senhor, transformando não apenas nossas vidas, mas também a vida de muitos ao nosso redor. 

Deus quer nos usar onde estamos. Mantenha seus olhos fixos Nele.

Confira o vídeo da série “Aprendendo com Mulheres da Bíblia” e conheça a história de Priscila!