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Série: a mulher e a vida missional – Reconciliação

Série: a mulher e a vida missional – Reconciliação

 “Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida.”

Lucas 15.8-9

Você lembra de como ficou frustrada da última vez que perdeu algo? Eu lembro… sempre esqueço o lugar onde coloco as coisas, um exemplo são minhas chaves. Eu sei que existe um lugar específico para elas, mas como uma “boa sanguínea” tomada pela euforia momentânea, deixo as minhas chaves nos lugares mais improváveis possíveis. 

Então, começa aquela busca frenética, pergunto a todos da minha casa: “Vocês viram as minhas chaves?” Normalmente, para não me sentir tão culpada e frustrada, sou tentada a afirmar que outra pessoa a moveu do lugar que eu “lembro-me” de ter deixado. Insisto para que todos entrem na saga “a procura daquilo que a Fran perdeu”. 

Ao acharmos, a paz volta ao nosso lar e minha vontade é sair pulando, eufórica novamente, pois achei o que estava perdido.

Foi exatamente assim que a mulher da dracma se sentia. No começo de sua história ela estava frustrada, pois havia perdido algo que para ela tinha valor imensurável, o ambiente onde ela se encontrava, sua casa estava escura, sem ânimo e sem perspectiva. Ela não conseguia ter um vislumbre daquilo que estava ao seu redor e conscientemente ela toma algumas atitudes relevantes para uma vida missional:

Ela acende a luz

“Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.  Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” Mateus 5.14-16

A mulher missional acende uma luz dentro da sua casa, pois sabe que a sua primeira missão é ser missional em seu lar.

Acenda a LUZ, traga Jesus para dentro da sua casa com a finalidade de iluminar e trazer clareza, Ele expulsa todas as decepções e incertezas que escuridão propagou.

Ela varre a casa

A mulher missional olha para dentro de si mesma e consegue identificar aquilo que precisa ser mudado em sua vida. 

Com ajuda do Espírito Santo ela entende que para ser missional precisa ter seu elo com Deus restabelecido diariamente. Sabe que sua missão é propagar o nome de Jesus em sua comunidade e no contexto que está inserida.

Faça uma autoanálise da sua vida espiritual, busque ajuda do amigo Espírito Santo, Ele dá as orientações sobre o que você precisa mudar. 

Inspire, tenha a plena convicção que é através da sua vida pessoal que Jesus alcançará outras mulheres, purificando-as assim como faz contigo todos os dias.

Ela procura com muito cuidado até encontrar

A mulher missional é diligente e cuidadosa, sente falta daquelas mulheres que antes frequentavam a igreja e buscavam a Deus, mas com o passar do tempo deixaram sua fé esfriar e perderam-se em suas vidas pecaminosas.

Procure atentamente não desista de encontrá-las, há muitas mulheres que precisam reaaproximar-se do Senhor, a essas, fale do amor do Pai, que restaura, traz refúgio e paz.

Ela dá uma festa

A mulher missional reúne suas vizinhas e amigas, alegremente testemunha sobre sua restauração e reconciliação, sabe que contar o que Jesus tem feito em sua vida revela ao mundo que Deus está vivo! 

O verbo testemunhar exprime a ideia de relatar aos outros um acontecimento que se presenciou ou uma informação que recebeu. Quando ela fala das suas experiências com Cristo, está testemunhando dos seus feitos e que Ele se manifesta entre nós.

Dê testemunho daquilo que Deus tem feito com você, por você e através de você. Influencie outras a reaproximarem-se de Jesus Cristo.

A etimologia da palavra reconciliação provém do Latim RECONCILIARE, “juntar novamente”, formado por RE-, “outra vez” e CONCILIARE, “unir, tornar amigável, juntar em sentimento”.

Em nossa vida missional somos convocadas para sermos agentes de transformações e para isso devemos estar aptas para desempenhar o chamado: juntar novamente aquilo que se rompeu, se desfez e uni-las ao Pai.

 Finalizo com a frase de Elisabeth Elliot:

“Precisamos aprender a amar as pessoas. Pessoas são pecadoras. O amor precisa ser paciente quando é tentado (pelos atrasos de outras pessoas) a ser impaciente. O amor não pode ser egoísta, mesmo se as pessoas forem. O amor não se ofende, mesmo quando as pessoas são ofensivas às vezes. Erros existem, mas o amor não os fica contando. Há coisas para serem enfrentadas, mas nada que o amor não possa enfrentar, coisas para provar a fé do amor, para desencorajar sua esperança, e testar sua resistência; mas o amor continua confiando, esperançoso e resistindo. O amor nunca acaba.” 

Que possamos ter esse amor, o amor de Jesus para sermos cada dia mais missional!

Sua irmã em Cristo,

Por,

Franciele Lagos

Acadêmica de Psicologia.
Esposa de Pastor Setorial em Joinville.
Coordenadora do Departamento de Cursos da IEADJO.
Palestrante nas áreas de casais, mulheres, jovens e adolescentes.
Instagram @francielelagos