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Superando a baixa autoestima

Superando a baixa autoestima

O conceito de autoestima é o estado do sujeito que consegue se valorizar, estar satisfeito com o seu eu e sua maneira de ser, com a maneira de se expressar e a maneira de viver. É uma pessoa que sente autoconfiança em tudo o que faz, na tomada de decisões, age com segurança e empoderamento.

No entanto, a baixa autoestima é a ausência de todas as características que envolvem bem-estar mental, emocional e físico. Logo, a baixa autoestima pode gerar patologias emocionais e psicológicas, como ansiedade, depressão, esquiva social, dificuldades de relacionamentos e demais transtornos.

Como se constrói a autoestima? Um dos fatores de grande importância é a maneira como nos enxergamos. E esta percepção é construída desde a infância nas relações estabelecidas com nossos familiares. Com isso, a construção de conceitos sobre si mesmo começa desde a primeira infância, gerando a avaliação subjetiva de si, elencando seguidamente as qualidades e defeitos, perfeições e imperfeições, sendo que nunca atingirá a régua da autoexigência, que é altíssima.

Contudo, com o conceito sobre si mesmo instalado, a pessoa buscará oportunidades, as quais acha que é merecedora. Já a autoestima baixa afetará as escolhas, possivelmente será uma pessoa com dificuldades de relacionamentos, onde estabelece a permissão de relacionamentos tóxicos e abusivos.

“Assim como você pensa na sua alma, assim você é” (Provérbios 23.7).

E o grande perigo é achar que a autoestima se trata de desenvolver uma aparência saudável, bonita, focando na aparência física. Isso é bem-vindo, pois pode gerar satisfação. Mas a autoestima saudável está ligada às emoções, pensamentos, comportamentos e decisões, e os sentimentos que se tem sobre si mesmos.

Para isso, faz-se necessário se conhecer, prestar atenção no seu estado emocional e como entrar em contato com tudo o que acontece do lado de dentro. A autoestima alta é quando a pessoa é autoconfiante, desenvolve contato com seu interior e tudo o que sente de maneira profunda e, com isso, alimentam pensamentos saudáveis sobre si mesmas e sobre a vida. Desenvolvem resiliência e otimismo diante dos desafios para enfrentar o que vier.

O autocuidado é outra característica de alta autoestima, pois se gostam, cuidam de si como cuidam dos que amam. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.37-39).

Para superar a baixa autoestima, Amor Próprio! Sentimentos de abandono, orfandade e rejeição na primeira infância podem gerar a baixa autoestima. O tratamento para melhorar a autoestima, além da psicoterapia e medicação se necessário, a fé é de extrema importância para que a pessoa desenvolva um relacionamento com Deus a fim de se tornar filho e filha amados de Deus.

“O espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16). Nesta relação, também somos curados. Desenvolvemos autoaceitação, autoconfiança, capacidade de se relacionar de maneira adequada, sem carregar culpa pelos processos emocionais e sofrimentos durante a vida e, com isso, não se vitimiza. Viver sem se comparar com ninguém, se sentir único, desenvolver autoconfiança, ser grato por tudo, reconhecer suas vitórias e conquistas. Pedir ajuda se não conseguir lidar com suas demandas.

“Por isso, pela graça que me foi dada, digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu” (Romanos 12:3).

Ou seja, “EU SOU FILHA E FILHO AMADO(A) DO MEU PAI. (DEUS), usufrua deste lugar, de filho e filha”.

Por,

Carla Andréa Verplohz
CRP 12/11024
Psicóloga Clínica Psicodramatista, Didata, Supervisora e Palestrante